Quando o estranho fio do prazer se desprende
e o olhar parece a doce cinza da lua
Quando infantas bailam em redor de árvores
e a infância vem inteira
Quando a voz delicada de outros homens
aparece longínqua e diluída
Quando lembro o riso de púrpura
e esmago uma violeta em teu braço
Esse afecto abrasa-me e procuro
no corpo minúsculo coração nascente.
Isabel de Sá, in Bonecas Trapos Suspensos, Frenesi, Lisboa, 1983
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