Juventude e beleza, também
decadência e devassidão. Tudo
é possível por ser interdito.
Homens de fogo, mulheres de lama.
Saíram do mundo para a minha pasta
forrada a papel de fantasia.
Usam ligueiros, pénis
e soutiens. Máscaras e luvas.
Há zonas no corpo enegrecidas
pelo chicote. Amam-se, fornicam.
Exibem o ódio, a quase demência
de um mundo maldito.
Isabel de Sá, in O Brilho da Lama, & etc, Lisboa, 1999
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