sábado, 18 de fevereiro de 2017

CONFLITO DE PALAVRAS

É como um laço que me prende a ti, este poema. Nossos corpos vivem de um pacto, de um fabuloso e claro conflito de palavras. Penso nos versos de Keats, a narrativa dissipa as sombras. Não sou quem escreve a minha história. Há um movimento obscuro entre a vida e a arte. "Toda a minha obra não passa de um exercício", afirmação vulgar daquele que escreve. Só o livro interessa, a essência literária do seu corpo.


Isabel de Sá, in O Duplo Dividido, & etc, Lisboa, 1993

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