A BELEZA DAS TÚLIPAS
Agora que a chuva cai
sobre a tarde quase morta
e alguns poemas de Kavafis
se tornam dilacerantes,
reparo na beleza das túlipas
inclinando-se.
Poderia fazer um desenho
mas se por vezes apetece
desistir.
Os versos do luto,
a minha adolescência
tão cheia de raparigas.
Isabel de Sá, in Erosão de Sentimentos, Ed. Caminho, Lisboa, 1997
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