As coisas que nos acontecem no contacto com os nossos semelhantes têm vindo a fazer parte da escrita, tal como o caos algumas vezes pertence ao meu pensamento. Procuro a íntima fissura onde a alma acabará por dividir-se. Não posso ainda saber de que lado ficarei, "Então serei um eco e uma sombra"*, viverei a dúvida até que um sinal me ilumine a razão.
Isabel de Sá, in Escrevo para Desistir, & etc, Lisboa, 1988
*R. D. Laing, O Eu Dividido, Editora Vozes, Petrópolis, 1978, pág. 187 (verso de um poema de um esquizofrénico)
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