NO INFERNO DO AMOR
A poeira luminosa dos teus olhos espalha sobre mim um prodígio de palavras. Somos tu e eu no inferno do amor. Na pele macia, nesse corpo onde o amor aprende a ser crescente, o que me atrai é o desejo de o penetrar em toda a intimidade. Peço-te carícias, procuro a dissipação da dor ao tocar essa pétala de carne. Escrevo o livro onde sabemos existir uma espécie de morte .
Isabel de Sá, in Palavras Amantes,& etc, Lisboa, 1993
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